terça-feira, 4 de outubro de 2011

CQC, Rafinha Bastos e Ronaldo (o ex-Fenômeno)

Sempre fui um fã do Ronaldo. Continuo achando que foi um dos melhores que pude ver jogar (no caso específico dele poucas vezes do estádio e muito pela televisão). Apesar disso, desde que voltou ao Brasil (treinou no Flamengo) e assinou de forma "esquisita" com o Corinthians, acho que o Ronaldo assumiu uma faceta desconhecida por muitos (ignorada por mim, pelo menos). A postura arrogante de "todo poderoso"e grande empresário (???) não combina com a de um ídolo do esporte (ainda que aposentado). A agressividade na negociação de contratos de imagem de jogadores e de patrocinadores pode ser normal no "mundo corporativo", mas é estranha aos que se consagraram como ídolos do esporte.
A última foi a provável relação do Ronaldo (ex-fenômeno) com a suspensão do comediante (comediante é sacanagem) Rafinha Bastos do programa CQC. A imprensa divulgou que um dos motivos (talvez o principal) da suspensão do comediante (???) não teria sido exatamente o teor do seu infeliz comentário (que comeria a Wanessa - ex-Camargo - e seu filho também) mas quem teria sido atingido por ele. Em outras e rápidas palavras. O marido da Wanessa ficou puto (com razão) e é sócio do Ronaldo. O Ronaldo é um dos principais patrocinados da Claro (o twitter dele inclusive) e teria influenciado na punição ao comediante (???). O negócio está tão bizarro que um dos apresentadores (???, desculpem as interrogações, mas é o meio masi rápido de indicar meu desconforto em chamar alguém por um nome que não creio que deva ser chamado) emitiu uma nota de apoio ao marido puto e contra o seu colega de programa. Detalhe, o apresentador que emitiu a nota é patrocinado pela Claro!!!
Enfim, uma confusão desproporcional porque o comentário infame atingiu alguém que é amigo do amigo de alguém e, no meio disso tudo, um ex-ídolo do futebol que, a cada dia que passa, parece mais um arremedo de poderoso chefão, que acha que dá as cartas.
Aliás, Ronaldo, o presidente do Corinthians Andres Sanchez e o presidente da CBF Ricardo Teixeira, formam um grande trio.
Triste.
  

"Bandidos de toga"!!! Ah, sério???

Nos últimos dias (últimas semanas) estamos presenciando um debate sobre os prerrogativas do Conselho Nacional de Justiça - CNJ em julgar os magistrados. A ministra do STJ Eliana Calmon (e Membro/Corregedora do CNJ) revelou publicamente uma preocupação com as eventuais limitações aos poderes do CNJ. Ao ser entrevistada, disse que havia "bandidos de toga" ou coisa parecida.
Isso causou grande alvoroço no Judiciário brasileiro. As Associações de magistrados em geral, e o STF em particular, reagiram de forma imediata e raivosa, chamando de levianas as declarações da Ministra.
O Presidente do STF, Cesar Peluso, foi o que mais apareceu em defesa da nobre classe dos togados brasileiros.
O conteúdo do debate é de uma pobreza ímpar. Afinal, quem não sabe que há "bandidos" de toga, como há "bandidos" em qualquer outra profissão (advogados, médicos, professores etc.). Qual a novidade???
Ao meu ver, nenhuma.
A única coisa proveitosa de tudo isso é escancarar, cada vez mais, o caráter feudal e ridículo do judiciário brasileiro. É começar a discutir seriamente (e no Congresso) sobre as "punições", as "férias", os "feriados", o "custo" e a "eficiência" dos magistrados (agentes públicos). Isto sim pode ser interessante para o "aprimoramento da prestação jurisdicional" (que com um nome destes tem que ser algo muito complicado mesmo).