terça-feira, 4 de outubro de 2011

"Bandidos de toga"!!! Ah, sério???

Nos últimos dias (últimas semanas) estamos presenciando um debate sobre os prerrogativas do Conselho Nacional de Justiça - CNJ em julgar os magistrados. A ministra do STJ Eliana Calmon (e Membro/Corregedora do CNJ) revelou publicamente uma preocupação com as eventuais limitações aos poderes do CNJ. Ao ser entrevistada, disse que havia "bandidos de toga" ou coisa parecida.
Isso causou grande alvoroço no Judiciário brasileiro. As Associações de magistrados em geral, e o STF em particular, reagiram de forma imediata e raivosa, chamando de levianas as declarações da Ministra.
O Presidente do STF, Cesar Peluso, foi o que mais apareceu em defesa da nobre classe dos togados brasileiros.
O conteúdo do debate é de uma pobreza ímpar. Afinal, quem não sabe que há "bandidos" de toga, como há "bandidos" em qualquer outra profissão (advogados, médicos, professores etc.). Qual a novidade???
Ao meu ver, nenhuma.
A única coisa proveitosa de tudo isso é escancarar, cada vez mais, o caráter feudal e ridículo do judiciário brasileiro. É começar a discutir seriamente (e no Congresso) sobre as "punições", as "férias", os "feriados", o "custo" e a "eficiência" dos magistrados (agentes públicos). Isto sim pode ser interessante para o "aprimoramento da prestação jurisdicional" (que com um nome destes tem que ser algo muito complicado mesmo).

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