quinta-feira, 26 de março de 2009

Elegância no Carandiru

A dona da Loja Daslu foi presa, mais uma vez, por ser acusada (e condenada) dos crimes de sonegação fiscal e contrabando. A dona da loja que é conhecida como a meca das compras de roupas e acessórios de fashionistas renomados vai desfilar sua elegância na Penitenciária feminina do Carandiru, em São Paulo. Apenas por algumas horas, é claro... Mesmo que o rombo para os cofres públicos tenha sido da ordem de 10 milhões de dólares, a Sra. Eliana Tranchesi não pertence à classe que fica nas prisões brasileiras. Mais uma vez, o Judiciário brasileiro vai deixar claro que a prisão de uma senhora tão distinta só pode ser fruto de uma decisão, no mínimo, desproporcional (no caso da 2a. Vara Federal de Guarulhos/SP). Lembro de um acusado na Operação Moeda Verde (aqui mesmo em Floripa) que ficou algumas horas na Polícia Federal e disse que aprendeu muito com a situação (????) Fazer o que? Abaixo transcrevo uma notícia do jornal do brasil on line (www.jb.com.br) sobre o assunto

Prisão é excêntrica e injusta, diz advogada de dona da Daslu
Portal Terra
SÃO PAULO - A advogada da empresária Eliana Tranchesi, dona da loja Daslu, informou, por meio de nota, que deve entrar ainda nesta quinta-feira com um pedido de habeas-corpus na Justiça Federal, para tentar reverter a prisão de sua cliente. A criminalista Joyce Roysen considerou 'excêntrica e injusta' a ordem de prisão, resultado, segundo ela, de um 'julgamento errôneo'. Eliana Tranchesi foi presa pela Polícia Federal (PF) nesta manhã, em cumprimento ao mandado expedido pela juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara Federal de Guarulhos.
A prisão tem relação com o processo resultante da Operação Narciso, deflagrada pela Polícia Federal em 2005. Na época, Eliana foi detida sob a acusação de sonegação fiscal e contrabando. Segundo a PF, os produtos comercializados na Daslu eram comprados de empresas importadoras que subfaturavam o preço das mercadorias com o objetivo de reduzir a incidência do Imposto de Importação. O Ministério Público Federal calculou em US$ 10 milhões o valor que teria sido sonegado.
A advogada da empresária informou ainda que não teve acesso ao pedido de prisão. Segundo ela, a condenação de Eliana Tranchesi no processo é "absolutamente injusta e desprovida de racionalidade".
- Lamentamos que as pressões exercidas pela acusação desde o início do processo tenham obtido êxito em induzir um julgamento errôneo - informou na nota. - Vamos entrar com pedido de habeas-corpus e estamos certos de que Eliana Tranchesi terá sua liberdade imediatamente devolvida pelo Poder Judiciário - acredita.

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